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PUTA

by KUPALUA

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about

No próximo lançamento MNR22 apresentamos a artista KUPALUA com EP que conta com 3 faixas, as duas primeiras de sua composição. A primeira faixa “Me chama de Puta” conta com beats agressivos e obscuridades. A segunda faixa “Xerecão Partido” é um dilaceramento temporal com texturas vocais sofisticadas, microsons, samples, mensagens de voz pessoais da artista e explosões elétricas contrapondo com vocais cristalinos que nos confortam. A última faixa “Eu Escuto Vozes” foi produzida por Clementaum com elementos do pop, phonk e guaracha, onde Kupalua compõem a letra, canta pela boca e pela buceta.

Neste novo EP “Puta” ela traz mais possibilidades para o uso da palavra Puta, entre tapas, socos e carinhos sonoros ela traz outras possibilidades de existência como uma puta compositora.

Neste trabalho a artista sai do armário se afirmando como trabalhadora sexual e nos leva para uma viagem sensorial fora do esperado, misturando música experimental, putaria e mais. Trazendo o conflito entre desejo frenético, o horror e o acalento imerso em sons que nos levam a um dilaceramento do tempo. Quem escuta é atravessado por tempos com diferentes velocidades, são muitas temporalidades convivendo, abrindo novos espaços e indo para direções diversas.

“Minha prática artística e minhas práticas de trabalhadora sexual sempre foram dois mundos diferentes que eu costumava manter separados, mas esteticamente eles já vinham se fundindo a tempo, nas minhas letras e na maneira como eu performo minha música, por exemplo com a criação de próteses para minhas performances: 4 seios, o dildo que ejacula laser, a buceta alto-falante que consiste num speaker construído para tocar de dentro da minha buceta, fazendo dela um instrumento musical, uma entidade com vida própria, que canta, quando escuto vozes:

“Eu escuto vozes dentro da minha buceta
Elas gritam na noite
Elas querem ser ouvidas
Elas trazem algo perdido no tempo
Algo que também grita dentro de você
Que está por todos os lados, mas ninguém vê”

Minha buceta aí também canta.

Como puta, sou dominatrix, o que significa que é uma inversão na estrutura de poder do trabalho sexual, porque na dominação o cliente está pagando para ser submisso a mim. Então afirmar ser puta sendo uma dominatrix também é onde está minha questão, dentro da comunidade de dominadoras, na Europa principalmente onde atuo, existe tambem putofobia (discriminação contra putas), o que quero dizer é que, muitas mulheres que fazem dominação se consideram superiores a outros tipos de profissionais do sexo porque elas nao são submissas aos seus clientes, não é normal que uma dominatrix seja penetrada por seus clientes por exemplo, entao elas não se consideram putas.
Elas acham que por que não fazem essa prática específica não são putas, e são superiores às putas, então mais uma forma de estigma de profissional do sexo por profissionais do sexo. Não precisamos de mais estigma, já temos o suficiente, portanto, reivindicar a palavra puta também é uma afirmação de que uma dominatrix não é diferente de outras profissionais do sexo, nesse sentido, é tudo puta.

Mas nesse EP eu não falo só sobre meu trabalho, também falo de amor. Este EP é também sobre amor de puta, um jeito de amar diferente, como já disse a Pablo. Então estou trazendo mais uma possibilidade de existência para uma puta, como uma pessoa que também ama. A faixa principal do álbum é “Me chama de puta” e são fragmentos do meu poema “Me chama de puta”:
Me chama de puta
Fala que você ama a puta
Me chama de puta fudendo com raiva
Me chame de puta com aquele sorriso
Me chama de puta com orgulho
Me chama de puta no jantar de Natal
Me chame de puta como você diz eu te amo para sua mãe

Essa música é sobre a possibilidade da existência do amor fora do ideal romântico, a possibilidade do amor não apenas para aquelas mulheres que se conformam com a norma e se comportam dentro da moral dos bons costumes.” diz a artista

Compositora, cantora, produtora e performer nascida em São Paulo, Kupalua investiga dinâmicas de poder dentre corpos, problematizando expectativas de gênero e a institucionalização das relações humanas.
Na sua pesquisa sonora está presente a exploração visceral do corpo e sua relação com o mundo. Manipulando sons que vêm dos lugares mais profundos, como o colo do útero ou os abismos do oceano, Kupalua cria imersões que transcendem o som, a dramaturgia dos seus shows nos convida a chegar mais perto. Suas composições tornam-se palpáveis, ondas sonoras atravessam o corpo de quem escuta e vozes sussurram outras narrativas de escuridão, feminilidades e possibilidades do mundano.

ENG

On the next MNR22 release, we present the artist KUPALUA with an EP featuring three tracks, the first two of which she wrote. The first track “Me Chama De Puta" features aggressive beats and obscurities. The second track "Xerecão Partido" is a time warp with sophisticated vocal textures, microsounds, samples, the artist's personal voice messages and electric explosions counterpointed by crystalline vocals that comfort us. The last track "Eu Escuto Vozes" was produced by Clementaum with elements of pop, phonk and guaracha, where Kupalua composes the lyrics, sings through her mouth and pussy.
In this new EP "Puta" she brings more possibilities to the use of the word Puta, between slaps, punches and sonic caresses she brings other possibilities of existence as a songwriting whore.

In this work, the artist comes out of the closet, asserting herself as a sex worker and taking us on an unexpected sensory journey, mixing experimental music, whoring and more. Bringing the conflict between frenzied desire, horror and warmth immersed in sounds that lead us to a tearing apart of time. Whoever listens is crossed by times with different speeds, there are many temporalities coexisting, opening up new spaces and going in different directions.
"My artistic practice and my sex worker practices have always been two different worlds that I used to keep separate, but aesthetically they have been merging for a long time, in my lyrics and in the way I perform my music, for example with the creation of prostheses for my performances: 4 breasts, the dildo that ejaculates laser, the loudspeaker pussy that consists of a speaker built to play from inside my pussy, making it a musical instrument, an entity with a life of its own, that sings when I hear voices:

"I hear voices inside my pussy
They scream in the night
They want to be heard
They bring something lost in time
Something that also screams inside you
That's everywhere, but no one sees it"

My pussy also sings.

As a slut, I'm a dominatrix, which means it's an inversion in the power structure of sex work, because in domination the client is paying to be submissive to me. So claiming to be a slut while being a dominatrix is also where my issue lies, within the dominatrix community, especially in Europe where I work, there is also putophobia (discrimination against sluts), what I mean is that many women who do domination consider themselves superior to other types of sex workers because they are not submissive to their clients, it is not normal for a dominatrix to be penetrated by her clients for example, so they don't consider themselves sluts.
They think that because they don't do this specific practice they aren't sluts, and are superior to sluts, so yet another form of sex worker stigma for sex workers. We don't need more stigma, we already have enough, so reclaiming the word slut is also an affirmation that a dominatrix is no different from other sex workers, in that sense, they're all sluts.

But on this EP I don't just talk about my work, I also talk about love. This EP is also about slut love, a different way of loving, as Pablo said. So I'm bringing another possibility of existence to a whore, as a person who also loves. The main track on the album is "Me chama de puta" and it's fragments of my poem "Me chama de puta":

Call me a Puta
Say you love the Puta
Call me a whore fucking with rage
Call me a whore with that smile
Call me whore with pride
Call me whore at Christmas dinner
Call me a whore like you say I love you to your mother

This song is about the possibility of the existence of love outside the romantic ideal, the possibility of love not only for those women who conform to the norm and behave within the morals of good manners," says the artist.

A composer, singer, producer and performer born in São Paulo, Kupalua investigates power dynamics between bodies, problematizing gender expectations and the institutionalization of human relationships.
Her sound research includes a visceral exploration of the body and its relationship with the world. Manipulating sounds that come from the deepest places, such as the cervix or the abysses of the ocean, Kupalua creates immersions that transcend sound; the dramaturgy of her shows invites us to get closer. Her compositions become palpable, sound waves pass through the listener's body and voices whisper other narratives of darkness, femininity and the possibilities of the mundane.

credits

released April 19, 2024

Mix: Kupalua
Master: Mammade
Artwork: Markus Fiedler
Vídeo: Guza

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MAMBA rec São Paulo, Brazil

Brazilian record label founded by Cashu and Carneosso in 2016. Focused on releasing artists directly and indirectly involved in the construction of the part(y) MAMBA NEGRA, presenting the scene's broad re-search.

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